Textos Sobre Araucarias colhidos na internet:
Araucaria angustifolia (Araucaria)
Texto produzido pela Acadêmica Aline Angeli
Supervisão e orientação do Prof. José Luis Stape
Departamento de Ciências Florestais - ESALQ/USP
Atualizado em 22/10/2003
O gênero Araucária L. Jussieu, cuja origem remonta há cerca de 200 milhões de anos, é composto por 19 espécies de ocorrências restritas ao hemisfério Sul, na Austrália, Papua Nova Guiné, Nova Caledônia, Vanuatu, Ilha Norfolk, Brasil, Chile e Argentina.
A espécie Araucaria angustifolia é nativa do Brasil e possui uma ampla área de distribuição, contribuindo para que o pinheiro-do-paraná se diferencie em raças locais ou ecotipos (Gurgel et al., 1965), descritos por Reitz & Klein (1966) em variedades, a saber: Araucaria angustifolia: elegans, sancti josephi, angustifolia, caiova, indehiscens, nigra, striata, semi-alba e alba (Carvalho, 1994).
A despeito de ocupar extensas áreas, a sua exploração indiscriminada colocou-a na lista oficial das espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção (Brasil, 1992). Dos 20 milhões de hectares originalmente cobertos pela Floresta de Araucária, restam, atualmente, cerca de 2% dessa área. Particularmente no Estado do Paraná, as serrarias e o uso industrial foram as principais responsáveis pelo desmatamento (Gurgel Filho, 1990).
Corte Ilegal de Araucária
No Brasil, muitos estudos são realizados por entidades de pesquisa para conservação e manutenção da variabilidade genética dos pinheirais remanescentes. Atualmente, a modalidade de conservação in situ é a que apresenta maiores dificuldades para ser executada, não apenas pela fragmentação das populações naturais e pelo longo ciclo reprodutivo (a produção de sementes normalmente ocorre após 15 a 20 anos de idade), mas principalmente pela pressão de ocupação do meio rural.
Taxonomia
Ordem: Coniferae
Classe: Coniferopsida
Família: Araucariaceae
Espécie:: Araucaria angustifolia (Bertoloni) Otto Kuntze.
Nome comum: Pinheiro-do-Paraná, Pinheiro-Brasileiro, Brazilian Pine
Informações Botânicas
A) Reprodução:
Trata-se de uma planta dióica (há árvores femininas e masculinas), podendo ser monóica quando submetida a traumas ou doenças. Há predominância de pinheiros masculinos tanto em áreas de ocorrência natural, como em plantios (Bandel & Gurgel, 1967). A floração feminina ocorre o ano todo; já a masculina ocorre de agosto a janeiro.
A polinização é predominantemente anemocórica (pelo vento) e, dois anos após esse evento, as pinhas amadurecem.
Cone de Pólen
Em plantios, a produção de sementes (pinhões) se inicia entre 10 e 15 anos; enquanto que nas populações naturais, essa fase se inicia a partir do vigésimo ano. Iniciado a produção de sementes, a árvore produz em média 40 pinhas por ano ao longo de toda sua vida (mais de 200 anos).
Cone de Semente
B) Descrição
A Araucária é perenifólia, com altura variando de 10 a 35 m e DAP entre 50 e 120 cm, quando adulta. O tronco é reto e quase cilíndrico; se ramificando em pseudo-verticilos, com acículas simples, alternas, espiraladas, lineares a lanceoladas, coriáceas, podendo chegar a 6 cm de comprimento por 1 cm de largura. Possui casca grossa (até 10 cm de espessura), de cor marrom-arroxeada, persistente, áspera e rugosa.
Acículas
As flores são dióicas, sendo as femininas em estróbilo, conhecida popularmente como pinha e as masculinas são cilíndricas, alongadas e com escamas coriáceas, tendo comprimento variando entre 10 e 22 cm e diâmetro entre 2 e 5 cm.
Os pseudofrutos ficam agrupados na pinha que, quando madura, chega a pesar até 5kg. Cada quilograma contém cerca de 150 sementes, que perdem a viabilidade gradualmente em 120 dias.
Os pinhões são ricos em reservas energéticas (57% de amido) e em aminoácidos.
Ecologia
O pinheiro-do-paraná, quanto ao grupo sucessional, é uma espécie pioneira e heliófila, que se estende sobre os campos, formando novos capoeirões, mas sendo beneficiada por leve sombreamento na fase de germinação e crescimento até 2 anos (Reitz e Klein,1966).
Considerando os aspectos fitossociológicos, a A. angustifolia apresenta regeneração fraca, tanto no interior da floresta, como em ambientes pouco perturbados, e ocorre associada às espécies dos gêneros Ilex (Erva-mate), Ocotea (Embuia) e Podocarpus (Pinehiro-bravo).
Área de Fragmento com Araucária
Mesmo sendo uma espécie exclusiva da Floresta Ombrófila Mista, o pinheiro-do-paraná ocorre em áreas de tensão ecológica com a Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Densa, bem como em refúgios na Serra do Mar e Serra da Mantiqueira. No decorrer dos períodos geológicos, a A. angustifolia apresentou dispersão geográfica bastante diversa da atual, pois foram encontrados fósseis no Nordeste brasileiro (IBGE, 1992).
A araucária interage intensamente com a fauna, que constitui um elemento muito importante para a dispersão das sementes. Entre estes animais destacam-se os roedores e as aves. Alberts (1992) cita, entre os roedores, as cotias, as pacas, os ouriços, os camundongos e os esquilos. Entre as aves são citados o papagaio-de-peito-roxo (Solórzano ,1999), a gralha-picaça e, em Minas Gerais, Bustamante (1948) cita os airus, a gralha azul e os tucanos.
Gralha Azul
Madeira
O pinheiro-do-paraná apresenta madeira moderadamente densa, com densidade aparente de 0,50 a 0,61g/cm³, a 15% de umidade ; e densidade básica de 0,42 a 0,48g/cm³ (Jankowsky et al., 1990). A coloração da madeira é branco-amarelada e bastante uniforme, sendo o alburno pouco diferenciado do cerne. A textura é fina e uniforme e a grã é direita.
A madeira é facilmente atacada por fungos apodrecedores e cupins, porém é altamente permeável aos preservativos, facilitando o tratamento da madeira.
Apresenta tendência à distorção e rachaduras, dificultando a secagem natural, e para se obter madeira de boa qualidade, é necessária a secagem artificial controlada (Jankowsky et al., 1990).
A madeira é de fácil trabalhabilidade, mas deve-se tomar cuidado ao aplainar ou resserrar a madeira de compressão, pois pode ocasionar distorções. É indicada para caixotaria, movelaria, laminados, tábuas para forro, ripas, caibros, lápis, carpintaria, palitos de fósforos, formas para concreto, marcenaria, compensados, pranchas, postes e mastros de navios(Mainieri, 1989).
Os nós da madeira do pinheiro-do-paraná apresentam alto poder calorífico e, portanto, é um bom combustível. Já foi largamente usado nas caldeiras de locomotivas e de embarcações. As cascas também possuem alto poder calorífico, por isso muito usada em fogões domésticos.
Segundo levantamento realizado pelo Núcleo de Pesquisas em Florestas Tropicais da Universidade de Santa Catarina, a madeira de araucária – com diâmetro à altura do peito superior a 40cm – é comercializada por R$160,00 a dúzia de toras e os produtores recebem, em média, R$70,00 por metro cúbico de madeira.
Usos Não-Madeireiros
A) Artesanato: o nó da madeira pode ser utilizado para confecção de utensílios domésticos, bem como matéria-prima para esculturas.
B) Uso medicinal: o costume popular indica que o pinhão combate azia, anemia e debilidade do organismo. As folhas cozidas são usadas no combate à anemia e tumores provocados por distúrbios linfáticos (Franco & Fontana, 1997). A infusão da casca mergulhada em álcool é empregada para tratar “cobreiro”, reumatismo, varizes e distensões musculares (Carvalho, 1994).
C) Recuperação de área degradada: utilizada para recomposição de mata ciliar, desde que o local não sofra inundações.
D) Alimentação: os pinhões constituem um alimento muito nutritivo e energético para alimentação humana, assim como para a fauna silvestre. No Estado do Paraná também é comum alimentar porcos domésticos com pinhões (Carvalho, 1994).
Aspectos Silviculturais
A araucária apresenta adaptabilidade satisfatória às condições de luminosidade em plantios a pleno sol. Porém, o melhor desenvolvimento é alcançado quando, no período juvenil, as mudas são cultivadas em condições de sombreamento. Quando adulta, a espécie é fundamentalmente heliófita.
O pinheiro-do-paraná tolera baixas temperaturas de até -5°C.
A poda é indicada a partir do terceiro ano de plantio, caso a madeira seja destinada à laminação ou quando o DAP atingir 10 cm na inserção dos galhos. A desrama natural não é suficiente para obter madeira de boa qualidade e sem nós, sendo necessária a desrama artificial (Hosokawa, 1976).
A regeneração do pinheiro-do-paraná é mais eficiente expondo-se as mudas a pleno sol e em solos de boa fertilidade, porém, algumas práticas silviculturais potencializam o desenvolvimento das plantas, quando adequadas ao sistema de implantação, tais como:
A) Semeadura direta no campo
Semeiam-se de 6 a 12 mil sementes por hectare e, posteriormente, faz-se a seleção deixando no campo as mudas mais desenvolvidas.
Obs.: Os pinhões recém-germinados podem ser atacados por animais silvestres (aves e roedores), principalmente se a oferta dessas sementes estiver escassa no campo.
B) Plantio de mudas
Pode-se usar espaçamento 3,0 m x 1,0 m para formação da população inicial considerando-se o plantio em área com vegetação matricial arbórea. É aconselhável produzir as mudas a céu aberto, rustificando-as, dessa forma, para suportarem as condições de campo.
C) Regeneração natural
Por se tratar de uma espécie heliófila, recomenda-se a abertura do dossel para aumentar a luminosidade no interior da capoeira, favorecendo o crescimento da araucária.
A A. angustifolia apresenta crescimento lento até o terceiro ano. A partir de então, o incremento corrente anual em altura é de 1 m, em condições adequadas e, após o quinto ano, o incremento. em diâmetro é de 1,5 a 2,0 cm. Segundo Webb et al. (1984), o incremento volumétrico anual médio varia de 7 a 23 m³/ha/ano.
Pragas e Doenças
Dentre as pragas que atacam a araucária, os Lepidópteros são as mais agressivas. Dentre tais insetos, destacam-se: Cydia araucariae (danificam principalmente as sementes); Dirphia araucariae (destroem as acículas); Elasmopalpus lignosellus (lesiona o colo das plantas jovens); Fulgurodes sartinaria (destroem as acículas).
Os fungos são os principais causadores de doenças no pinheiro-do-paraná. Entre os quais, destacam-se: Armillaria mellea (provoca armilariose); Cylindrocladium sp. (ataca plantas adultas, provocando amarelecimento e secando-as); Diplodia pinea (causa podridão) e Rosellinia bunodes (ataca plantas adultas, causando podridão-negra).
Produção de mudas em viveiro
A semeadura pode ser feita diretamente em recipientes, adotando-se saco de polietileno com dimensões de 20 cm de altura por 7cm de diâmetro, contendo, no mínimo, volume de 300 a 500 ml de substrato ou pode-se utilizar tubetes de polipropileno, com volume de 100 a 200 ml. O uso de recipientes com menor volume não é aconselhável, pois o pinheiro possui raiz pivotante bem desenvolvida, ou seja, a falta de espaço pode causar danos ao sistema radicular.
Muda de Araucária
A repicagem não é recomendada.
Dormência e Germinação
A dormência é superada deixando-se os pinhões mergulhados em água à temperatura ambiente por 24 horas. Essa prática provoca embebição que facilita o rompimento do tegumento externo (brácteas) das sementes.
O tempo de germinação para produção de mudas é muito desuniforme, podendo variar entre 20 e 110 dias e apresentar taxa de germinação de quase zero a 90% (Kunioshi, 1983)
Aspectos Mesológicos
A) Clima
Precipitação média anual: de 1400 a 2000 mm na Região Sul, com distribuição uniforme de chuvas e de 1200 a 2000 mm para a Região Sudeste, com chuvas concentradas no verão.
Temperatura média anual: de 13,2°C (São Joaquim-SC) a 21,4°C (Cianorte-PR).
Tipos climáticos de ocorrência: Clima tropical úmido, Clima subtropical úmido e Clima subtropical de altitude.
B) Solo
A Araucaria angustifolia é uma espécie muito exigente em condições de fertilidade e física do solo, principalmente para o fator profundidade. Os solos adequados para o cultivo do pinheiro-do-paraná são, portanto, os Latossolos Vermelhos com horizonte A bem desenvolvido, altos teores de cálcio e magnésio, profundos, friáveis, porosos, bem drenados, com boa capacidade de retenção de água e textura franca a argilosa (Hoogh, 1981).
O pinheiro ocorre naturalmente em solos originários de diversos tipos de rochas, como granitos, basaltos e sedimentares. Entretanto, as condições de solo que mais afetam o crescimento dessa espécie, são: deficiência de nutrientes, toxidez por alumínio e profundidade do solo, quando inferior a 1m. Lençóis freáticos a menos de 90 cm de profundidade tornam-se restritivos ao crescimento do pinheiro (Bolfini et al., 1980).
Indivíduos Remanescentes
Referências Bibliográficas
ALBERTS, C.C. O esquilo e o pinheiro-do-paraná: uma interação. In: CONGRESSO NACIONAL SOBRE ESSÊNCIAS NATIVAS, 2., 1992, São Paulo. Anais. São Paulo: Instituto Florestal, 1992. p.1215-1216. Revista do Instituto Florestal, v.4, parte 4, edição especial, 1992.
BANDEL, G.; GURGEL, J.A.A. Proporção do sexo em Araucaria angustifolia. Silvicultura em São Paulo, São Paulo, v.6, p.209-220, 1967
BOLFONI, D.; GALVÃO, F.; DURLO, M.A. Influência da profundidade do lençol freático no crescimento de Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze. In: CONGRESSO FLORESTAL ESTADUAL, 4., 1980, Nova Prata. Anais. Nova Prata: Prefeitura Municipal de Nova Prata, 1980. p.104-112.
BRASIL. Portaria nº. 06-N, de 15 de janeiro de 1992. Lista oficial de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção. Diário Oficial (da República Federativa do Brasil), Brasília, 23 jan. 1992. p.870-872.
BUSTAMANTE, I.L.F. Notas sobre algumas madeiras úteis do Sul de Minas. Revista Florestal, Rio de Janeiro, v.7, n.único, p.7-16,24, 1948.
CARVALHO, P. E. R. Espécies florestais brasileiras: recomendações silviculturais, potencialidades e uso da madeira / Paulo Ernani Ramalho Carvalho; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária; Centro Nacional de Pesquisa de Florestas – Colombo: EMBRAPA – CNPF; Brasília: EMBRAPA – SPI, 1994. 640p. : il.color (35p. com 140 fot.), 4 mapas.
FRANCO, I.J.; FONTANA, V.L. Ervas & plantas: a medicina dos simples. Erechim: Imprimax, 1997. 177p.
FUNDAÇÃO IBGE. Diretoria de Geociências. Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais (Rio de Janeiro,RJ). Manual técnico da vegetação brasileira. Rio de Janeiro, 1992. 92p. (FUNDAÇÃO IBGE. Série Manuais Técnicos em Geociências, 1).
GUBERT FILHO, F. Proposta para a criação de um sistema de unidades de conservação da Araucaria angustifolia no Estado do Paraná. In: CONGRESSO FLORESTAL BRASILEIRO, 6., 1990, Campos do Jordão. Anais. São Paulo: Sociedade Brasileira de Silvicultura, 1990. v.3, p.287-300. Publicado na Silvicultura, n.42, 1990.
GURGEL, J.T.A.; GURGEL FILHO, O.A. Evidências de raças geográficas no pinheiro-brasileiro, Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze. Ciência e Cultura, São Paulo, v.17, n.1, p.33-39, 1965.
HOOGH, R.J. de. Site-nutrition-growth relationships of Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze, in southern Brazil. Freiburg: Universidade zu Freiburg, 1981. 161p. Tese Doutorado.
HOSOKAWA, R. T. Betriebswirtschaftiche Kriterien zur Wahl der Umtriebszeit von Araucaria angustifolia in Brasilien. Freiburg: Universidade zu Freiburg, 1976. Tese Doutorado.
IRITANI, C.; ZANETTE, F. Enraizamento in vitro de brotos ortotrópicos da Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze. In: CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA, 51., 2.000, Brasília. Resumos. Brasília: Sociedade Botânica do Brasil, 2.000, p.27.
JANKOWSKY, I.P.; CHIMELO, J.P.; CAVANCANTE, A. de A.; GALINA, I.C.M.; NAGAMURA, J.C.S. Madeiras brasileiras. Caxias do Sul: Spectrum, 1990. 172p.
KLEIN, R.M. O aspecto dinâmico do pinheiro-brasileiro. Sellowia, Itajaí, v.12, n.12, p.17-44, 1960.
KUNIYOSHI, Y.S. Morfologia da semente e da germinação de 25 espécies arbóreas de uma floresta com araucária. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 1983. 233p. Tese Mestrado.
MAINIERI, C.; CHIMELO, J.P. Fichas de características das madeiras brasileiras. São Paulo: IPT, 1989. 418p.
MALINOVSKI, J.R. Métodos de poda radicular em Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze. e seus efeitos sobre a qualidade de mudas em raiz nua. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 1977. 113p. Tese Mestrado
REITZ, R.; KLEIN, R.M. Araucariaceae. Itajaí: Herbário Barbosa Rodrigues, 1966. 29p.
SOLÓRZANO-FILHO, J.A.; KRAUS, J.E. Breve história das matas de araucária. In: SOCIEDADE BRASILEIRA PARA A VALORIZAÇÃO DO MEIO AMBIENTE - BIOSFERA (Rio de Janeiro, RJ). Forest 99. Rio de Janeiro, 1999. p.37-40
WEBB, D.B.; WOOD, P.J.; SMITH, J.P.; HENMAN, G.S. A guide to species selection for tropical and sub-tropical plantations. Oxford: Commonwealth Forestry Institute, 1984. 256p. (Tropical Forestry Papers, 15).
Sites Indicados
www.conservation.org
www.fundacaoaraucaria.org.br
www.unicamp.br/nipe/rbma/ara01.html
Fontes das Fotos
Cone de Sementes e Gralha-azul: http://131.220.103.1/conifers/ar/ar/angustifolia.htm
Acículas: http://www.arboles ornamentales.com/Araucariaangustifolia.htm
Fragmento: http://www.forestryimages.org
Corte Ilegal e Indivíduos Remanescentes: http://www.rma.org.br
Cone de Pólen: http://www.jardimdeflores.com.br
Muda de Araucária: http://www.pinetum.org
Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais
Avenida Pádua Dias, 11 - Caixa Postal 530 - CEP: 13400-970 - Piracicaba/SP
Telefone: +55 (19) 2105-8600 - Fax: +55 (19) 2105-8666 - E-mail: ipef@ipef.br
Copyright 2004 IPEF. Reprodução permitida desde que citada a fonte.
É uma conífera terrestre de solo seco, perenifólia, heliófita, usualmente dióica.[3][9] Sua forma é inconfundível, com um tronco colunar que pode chegar a 50m de altura e 2,5m de diâmetro, com uma casca rugosa e persistente de 15 cm de espessura, sustentando uma copa de simetria radial em candelabro ou umbela. Quando jovens, as árvores têm uma copa em cone.[3][10][11] De regra, porém, não atinge dimensões tão imponentes, com altura variando de 10 a 35m e diâmetro do tronco entre 50 e 120 cm, quando adulta.[3]
Sua morfologia apresenta variações de acordo com as condições de solo, competição e disponibilidade de luz. O tronco é ortotrópico, monopodial e com crescimento rítmico indefinido. O padrão de ramificação é também rítmico e os galhos apresentam um desenvolvimento siléptico. No adulto os galhos são arranjados em pseudoverticilos no tronco, sendo predominantemente plagiotrópicos com uma tendência ortotrópica dos ápices. Os ramos são arranjados nos galhos em pares, mais ou menos no mesmo plano.[12] Suas folhas, as acículas, são verde-escuras, simples, alternas, espiraladas, lineares a lanceoladas, coriáceas, muito pungentes, podendo chegar a 6 cm de comprimento por 1 cm de largura.[3][11]
A casca externa tem cor marrom-arroxeada, é persistente, áspera, rugosa, desprendendo-se em lâmina na parte superior do fuste; a casca interna é resinosa, esbranquiçada, cor rosada.[1] Seus sistema radicular depende do tipo do solo. Quando em latossolos a planta produz uma raiz axial (ou pivotante) de cerca de 1,8m de profundidade, mas cresce como sistema fasciculado em litossolos ou solos muito úmidos, com crescimento lateral mais pronunciado.[13]
As flores femininas são estróbilos, conhecidos popularmente como pinhas, e as masculinas são amentos ou cones cilíndricos com escamas coriáceas que protegem os sacos de pólen, com comprimento variando de 10 a 22 cm e diâmetro entre 2 e 5 cm.[3] As araucárias não têm frutos verdadeiros, ou seja, suas sementes não são envolvidas por uma polpa.[14] Os pseudofrutos ficam agrupados nas pinhas que, maduras, assumem uma forma esférica, com um diâmetro de cerca de 15 a 30 cm, e chegam a pesar 5 kg. As sementes, os pinhões, se originam em brácteas do amentilho feminino, desenvolvendo-se a partir de óvulos nus; são de cor marrom, cônicas, aladas, com cerca de 5 cm de comprimento, peso médio de 8,7g, ápice em espinho achatado e curvo; seu tegumento coriáceo esconde um endosperma nutritivo, ou amêndoa, rico em amido e aminoácidos, que envolve os cotilédones.[1][2][3][10]
ESTE LINK DA WIKIPEDIA É O MAIS COMPLETO SOBRE O ASSUNTO -RELER DE TEMPO EM TEMPOS
http://pt.wikipedia.org/wiki/Araucaria_angustifolia
Araucaria angustifolia (Araucaria)
Texto produzido pela Acadêmica Aline Angeli
Supervisão e orientação do Prof. José Luis Stape
Departamento de Ciências Florestais - ESALQ/USP
Atualizado em 22/10/2003
O gênero Araucária L. Jussieu, cuja origem remonta há cerca de 200 milhões de anos, é composto por 19 espécies de ocorrências restritas ao hemisfério Sul, na Austrália, Papua Nova Guiné, Nova Caledônia, Vanuatu, Ilha Norfolk, Brasil, Chile e Argentina.
A espécie Araucaria angustifolia é nativa do Brasil e possui uma ampla área de distribuição, contribuindo para que o pinheiro-do-paraná se diferencie em raças locais ou ecotipos (Gurgel et al., 1965), descritos por Reitz & Klein (1966) em variedades, a saber: Araucaria angustifolia: elegans, sancti josephi, angustifolia, caiova, indehiscens, nigra, striata, semi-alba e alba (Carvalho, 1994).
A despeito de ocupar extensas áreas, a sua exploração indiscriminada colocou-a na lista oficial das espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção (Brasil, 1992). Dos 20 milhões de hectares originalmente cobertos pela Floresta de Araucária, restam, atualmente, cerca de 2% dessa área. Particularmente no Estado do Paraná, as serrarias e o uso industrial foram as principais responsáveis pelo desmatamento (Gurgel Filho, 1990).
Corte Ilegal de Araucária
No Brasil, muitos estudos são realizados por entidades de pesquisa para conservação e manutenção da variabilidade genética dos pinheirais remanescentes. Atualmente, a modalidade de conservação in situ é a que apresenta maiores dificuldades para ser executada, não apenas pela fragmentação das populações naturais e pelo longo ciclo reprodutivo (a produção de sementes normalmente ocorre após 15 a 20 anos de idade), mas principalmente pela pressão de ocupação do meio rural.
Taxonomia
Ordem: Coniferae
Classe: Coniferopsida
Família: Araucariaceae
Espécie:: Araucaria angustifolia (Bertoloni) Otto Kuntze.
Nome comum: Pinheiro-do-Paraná, Pinheiro-Brasileiro, Brazilian Pine
Informações Botânicas
A) Reprodução:
Trata-se de uma planta dióica (há árvores femininas e masculinas), podendo ser monóica quando submetida a traumas ou doenças. Há predominância de pinheiros masculinos tanto em áreas de ocorrência natural, como em plantios (Bandel & Gurgel, 1967). A floração feminina ocorre o ano todo; já a masculina ocorre de agosto a janeiro.
A polinização é predominantemente anemocórica (pelo vento) e, dois anos após esse evento, as pinhas amadurecem.
Cone de Pólen
Em plantios, a produção de sementes (pinhões) se inicia entre 10 e 15 anos; enquanto que nas populações naturais, essa fase se inicia a partir do vigésimo ano. Iniciado a produção de sementes, a árvore produz em média 40 pinhas por ano ao longo de toda sua vida (mais de 200 anos).
Cone de Semente
B) Descrição
A Araucária é perenifólia, com altura variando de 10 a 35 m e DAP entre 50 e 120 cm, quando adulta. O tronco é reto e quase cilíndrico; se ramificando em pseudo-verticilos, com acículas simples, alternas, espiraladas, lineares a lanceoladas, coriáceas, podendo chegar a 6 cm de comprimento por 1 cm de largura. Possui casca grossa (até 10 cm de espessura), de cor marrom-arroxeada, persistente, áspera e rugosa.
Acículas
As flores são dióicas, sendo as femininas em estróbilo, conhecida popularmente como pinha e as masculinas são cilíndricas, alongadas e com escamas coriáceas, tendo comprimento variando entre 10 e 22 cm e diâmetro entre 2 e 5 cm.
Os pseudofrutos ficam agrupados na pinha que, quando madura, chega a pesar até 5kg. Cada quilograma contém cerca de 150 sementes, que perdem a viabilidade gradualmente em 120 dias.
Os pinhões são ricos em reservas energéticas (57% de amido) e em aminoácidos.
Ecologia
O pinheiro-do-paraná, quanto ao grupo sucessional, é uma espécie pioneira e heliófila, que se estende sobre os campos, formando novos capoeirões, mas sendo beneficiada por leve sombreamento na fase de germinação e crescimento até 2 anos (Reitz e Klein,1966).
Considerando os aspectos fitossociológicos, a A. angustifolia apresenta regeneração fraca, tanto no interior da floresta, como em ambientes pouco perturbados, e ocorre associada às espécies dos gêneros Ilex (Erva-mate), Ocotea (Embuia) e Podocarpus (Pinehiro-bravo).
Área de Fragmento com Araucária
Mesmo sendo uma espécie exclusiva da Floresta Ombrófila Mista, o pinheiro-do-paraná ocorre em áreas de tensão ecológica com a Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Densa, bem como em refúgios na Serra do Mar e Serra da Mantiqueira. No decorrer dos períodos geológicos, a A. angustifolia apresentou dispersão geográfica bastante diversa da atual, pois foram encontrados fósseis no Nordeste brasileiro (IBGE, 1992).
A araucária interage intensamente com a fauna, que constitui um elemento muito importante para a dispersão das sementes. Entre estes animais destacam-se os roedores e as aves. Alberts (1992) cita, entre os roedores, as cotias, as pacas, os ouriços, os camundongos e os esquilos. Entre as aves são citados o papagaio-de-peito-roxo (Solórzano ,1999), a gralha-picaça e, em Minas Gerais, Bustamante (1948) cita os airus, a gralha azul e os tucanos.
Gralha Azul
Madeira
O pinheiro-do-paraná apresenta madeira moderadamente densa, com densidade aparente de 0,50 a 0,61g/cm³, a 15% de umidade ; e densidade básica de 0,42 a 0,48g/cm³ (Jankowsky et al., 1990). A coloração da madeira é branco-amarelada e bastante uniforme, sendo o alburno pouco diferenciado do cerne. A textura é fina e uniforme e a grã é direita.
A madeira é facilmente atacada por fungos apodrecedores e cupins, porém é altamente permeável aos preservativos, facilitando o tratamento da madeira.
Apresenta tendência à distorção e rachaduras, dificultando a secagem natural, e para se obter madeira de boa qualidade, é necessária a secagem artificial controlada (Jankowsky et al., 1990).
A madeira é de fácil trabalhabilidade, mas deve-se tomar cuidado ao aplainar ou resserrar a madeira de compressão, pois pode ocasionar distorções. É indicada para caixotaria, movelaria, laminados, tábuas para forro, ripas, caibros, lápis, carpintaria, palitos de fósforos, formas para concreto, marcenaria, compensados, pranchas, postes e mastros de navios(Mainieri, 1989).
Os nós da madeira do pinheiro-do-paraná apresentam alto poder calorífico e, portanto, é um bom combustível. Já foi largamente usado nas caldeiras de locomotivas e de embarcações. As cascas também possuem alto poder calorífico, por isso muito usada em fogões domésticos.
Segundo levantamento realizado pelo Núcleo de Pesquisas em Florestas Tropicais da Universidade de Santa Catarina, a madeira de araucária – com diâmetro à altura do peito superior a 40cm – é comercializada por R$160,00 a dúzia de toras e os produtores recebem, em média, R$70,00 por metro cúbico de madeira.
Usos Não-Madeireiros
A) Artesanato: o nó da madeira pode ser utilizado para confecção de utensílios domésticos, bem como matéria-prima para esculturas.
B) Uso medicinal: o costume popular indica que o pinhão combate azia, anemia e debilidade do organismo. As folhas cozidas são usadas no combate à anemia e tumores provocados por distúrbios linfáticos (Franco & Fontana, 1997). A infusão da casca mergulhada em álcool é empregada para tratar “cobreiro”, reumatismo, varizes e distensões musculares (Carvalho, 1994).
C) Recuperação de área degradada: utilizada para recomposição de mata ciliar, desde que o local não sofra inundações.
D) Alimentação: os pinhões constituem um alimento muito nutritivo e energético para alimentação humana, assim como para a fauna silvestre. No Estado do Paraná também é comum alimentar porcos domésticos com pinhões (Carvalho, 1994).
Aspectos Silviculturais
A araucária apresenta adaptabilidade satisfatória às condições de luminosidade em plantios a pleno sol. Porém, o melhor desenvolvimento é alcançado quando, no período juvenil, as mudas são cultivadas em condições de sombreamento. Quando adulta, a espécie é fundamentalmente heliófita.
O pinheiro-do-paraná tolera baixas temperaturas de até -5°C.
A poda é indicada a partir do terceiro ano de plantio, caso a madeira seja destinada à laminação ou quando o DAP atingir 10 cm na inserção dos galhos. A desrama natural não é suficiente para obter madeira de boa qualidade e sem nós, sendo necessária a desrama artificial (Hosokawa, 1976).
A regeneração do pinheiro-do-paraná é mais eficiente expondo-se as mudas a pleno sol e em solos de boa fertilidade, porém, algumas práticas silviculturais potencializam o desenvolvimento das plantas, quando adequadas ao sistema de implantação, tais como:
A) Semeadura direta no campo
Semeiam-se de 6 a 12 mil sementes por hectare e, posteriormente, faz-se a seleção deixando no campo as mudas mais desenvolvidas.
Obs.: Os pinhões recém-germinados podem ser atacados por animais silvestres (aves e roedores), principalmente se a oferta dessas sementes estiver escassa no campo.
B) Plantio de mudas
Pode-se usar espaçamento 3,0 m x 1,0 m para formação da população inicial considerando-se o plantio em área com vegetação matricial arbórea. É aconselhável produzir as mudas a céu aberto, rustificando-as, dessa forma, para suportarem as condições de campo.
C) Regeneração natural
Por se tratar de uma espécie heliófila, recomenda-se a abertura do dossel para aumentar a luminosidade no interior da capoeira, favorecendo o crescimento da araucária.
A A. angustifolia apresenta crescimento lento até o terceiro ano. A partir de então, o incremento corrente anual em altura é de 1 m, em condições adequadas e, após o quinto ano, o incremento. em diâmetro é de 1,5 a 2,0 cm. Segundo Webb et al. (1984), o incremento volumétrico anual médio varia de 7 a 23 m³/ha/ano.
Pragas e Doenças
Dentre as pragas que atacam a araucária, os Lepidópteros são as mais agressivas. Dentre tais insetos, destacam-se: Cydia araucariae (danificam principalmente as sementes); Dirphia araucariae (destroem as acículas); Elasmopalpus lignosellus (lesiona o colo das plantas jovens); Fulgurodes sartinaria (destroem as acículas).
Os fungos são os principais causadores de doenças no pinheiro-do-paraná. Entre os quais, destacam-se: Armillaria mellea (provoca armilariose); Cylindrocladium sp. (ataca plantas adultas, provocando amarelecimento e secando-as); Diplodia pinea (causa podridão) e Rosellinia bunodes (ataca plantas adultas, causando podridão-negra).
Produção de mudas em viveiro
A semeadura pode ser feita diretamente em recipientes, adotando-se saco de polietileno com dimensões de 20 cm de altura por 7cm de diâmetro, contendo, no mínimo, volume de 300 a 500 ml de substrato ou pode-se utilizar tubetes de polipropileno, com volume de 100 a 200 ml. O uso de recipientes com menor volume não é aconselhável, pois o pinheiro possui raiz pivotante bem desenvolvida, ou seja, a falta de espaço pode causar danos ao sistema radicular.
Muda de Araucária
A repicagem não é recomendada.
Dormência e Germinação
A dormência é superada deixando-se os pinhões mergulhados em água à temperatura ambiente por 24 horas. Essa prática provoca embebição que facilita o rompimento do tegumento externo (brácteas) das sementes.
O tempo de germinação para produção de mudas é muito desuniforme, podendo variar entre 20 e 110 dias e apresentar taxa de germinação de quase zero a 90% (Kunioshi, 1983)
Aspectos Mesológicos
A) Clima
Precipitação média anual: de 1400 a 2000 mm na Região Sul, com distribuição uniforme de chuvas e de 1200 a 2000 mm para a Região Sudeste, com chuvas concentradas no verão.
Temperatura média anual: de 13,2°C (São Joaquim-SC) a 21,4°C (Cianorte-PR).
Tipos climáticos de ocorrência: Clima tropical úmido, Clima subtropical úmido e Clima subtropical de altitude.
B) Solo
A Araucaria angustifolia é uma espécie muito exigente em condições de fertilidade e física do solo, principalmente para o fator profundidade. Os solos adequados para o cultivo do pinheiro-do-paraná são, portanto, os Latossolos Vermelhos com horizonte A bem desenvolvido, altos teores de cálcio e magnésio, profundos, friáveis, porosos, bem drenados, com boa capacidade de retenção de água e textura franca a argilosa (Hoogh, 1981).
O pinheiro ocorre naturalmente em solos originários de diversos tipos de rochas, como granitos, basaltos e sedimentares. Entretanto, as condições de solo que mais afetam o crescimento dessa espécie, são: deficiência de nutrientes, toxidez por alumínio e profundidade do solo, quando inferior a 1m. Lençóis freáticos a menos de 90 cm de profundidade tornam-se restritivos ao crescimento do pinheiro (Bolfini et al., 1980).
Indivíduos Remanescentes
Referências Bibliográficas
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BOLFONI, D.; GALVÃO, F.; DURLO, M.A. Influência da profundidade do lençol freático no crescimento de Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze. In: CONGRESSO FLORESTAL ESTADUAL, 4., 1980, Nova Prata. Anais. Nova Prata: Prefeitura Municipal de Nova Prata, 1980. p.104-112.
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Sites Indicados
www.conservation.org
www.fundacaoaraucaria.org.br
www.unicamp.br/nipe/rbma/ara01.html
Fontes das Fotos
Cone de Sementes e Gralha-azul: http://131.220.103.1/conifers/ar/ar/angustifolia.htm
Acículas: http://www.arboles ornamentales.com/Araucariaangustifolia.htm
Fragmento: http://www.forestryimages.org
Corte Ilegal e Indivíduos Remanescentes: http://www.rma.org.br
Cone de Pólen: http://www.jardimdeflores.com.br
Muda de Araucária: http://www.pinetum.org
Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais
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É uma conífera terrestre de solo seco, perenifólia, heliófita, usualmente dióica.[3][9] Sua forma é inconfundível, com um tronco colunar que pode chegar a 50m de altura e 2,5m de diâmetro, com uma casca rugosa e persistente de 15 cm de espessura, sustentando uma copa de simetria radial em candelabro ou umbela. Quando jovens, as árvores têm uma copa em cone.[3][10][11] De regra, porém, não atinge dimensões tão imponentes, com altura variando de 10 a 35m e diâmetro do tronco entre 50 e 120 cm, quando adulta.[3]
Sua morfologia apresenta variações de acordo com as condições de solo, competição e disponibilidade de luz. O tronco é ortotrópico, monopodial e com crescimento rítmico indefinido. O padrão de ramificação é também rítmico e os galhos apresentam um desenvolvimento siléptico. No adulto os galhos são arranjados em pseudoverticilos no tronco, sendo predominantemente plagiotrópicos com uma tendência ortotrópica dos ápices. Os ramos são arranjados nos galhos em pares, mais ou menos no mesmo plano.[12] Suas folhas, as acículas, são verde-escuras, simples, alternas, espiraladas, lineares a lanceoladas, coriáceas, muito pungentes, podendo chegar a 6 cm de comprimento por 1 cm de largura.[3][11]
A casca externa tem cor marrom-arroxeada, é persistente, áspera, rugosa, desprendendo-se em lâmina na parte superior do fuste; a casca interna é resinosa, esbranquiçada, cor rosada.[1] Seus sistema radicular depende do tipo do solo. Quando em latossolos a planta produz uma raiz axial (ou pivotante) de cerca de 1,8m de profundidade, mas cresce como sistema fasciculado em litossolos ou solos muito úmidos, com crescimento lateral mais pronunciado.[13]
As flores femininas são estróbilos, conhecidos popularmente como pinhas, e as masculinas são amentos ou cones cilíndricos com escamas coriáceas que protegem os sacos de pólen, com comprimento variando de 10 a 22 cm e diâmetro entre 2 e 5 cm.[3] As araucárias não têm frutos verdadeiros, ou seja, suas sementes não são envolvidas por uma polpa.[14] Os pseudofrutos ficam agrupados nas pinhas que, maduras, assumem uma forma esférica, com um diâmetro de cerca de 15 a 30 cm, e chegam a pesar 5 kg. As sementes, os pinhões, se originam em brácteas do amentilho feminino, desenvolvendo-se a partir de óvulos nus; são de cor marrom, cônicas, aladas, com cerca de 5 cm de comprimento, peso médio de 8,7g, ápice em espinho achatado e curvo; seu tegumento coriáceo esconde um endosperma nutritivo, ou amêndoa, rico em amido e aminoácidos, que envolve os cotilédones.[1][2][3][10]
ESTE LINK DA WIKIPEDIA É O MAIS COMPLETO SOBRE O ASSUNTO -RELER DE TEMPO EM TEMPOS
http://pt.wikipedia.org/wiki/Araucaria_angustifolia
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